Lá se foi o ano… 366 dias de trabalho, mais um capítulo que encerramos. Pessoalmente fiquei muito feliz com as prendas que o Google AdWords nos foi dando ao longo do ano. Com a constante melhoria do serviço do Facebook Ads, que em 2016 viu-se claramente que apostaram em melhorar o leque de oferta em termos de anúncios e também melhoraram significativamente o apoio ao cliente que era simplesmente péssimo, o Google pôs mãos à obra e trouxe bastantes novidades no seu produto, algumas delas cedendo a “exigências” dos advertisers como o regresso do bidding por device.
As novidades foram mesmo muitas, mas neste artigo trago as top 5 novidades do Google AdWords que, para mim e para o trabalho que desenvolvi em 2016, trouxeram maior impacto
1. O Regresso do bidding ao nível do dispositivo.
Como já tinha falado na introdução, uma das grandes novidades de 2016 foi o regresso do bidding ao nível do dispositivo. E porquê regresso? Regresso porque a opção já existiu no passado, mas desapareceu com as Enhanced Campaigns em 2013.
Passo a explicar melhor esta novidade: o Google não permitia, até então, fazermos ajustes de bid ao nível do dispositivo. O único ajuste que era permitido era no Mobile, onde podíamos fazer um ajuste entre -100% (excluir portanto mobile das nossas campanhas) e +300%, isto é, aumentar em 300% a bid definida ao nível da campanha, adgroup ou keyword. Se por exemplo quiséssemos excluir os tablets de uma das nossas campanhas, tal não era possível. Antes das campanhas Enhanced isto era possível de se fazer e quando a opção foi retirada foi amplamente criticada pelos anunciantes: retirar-nos a opção de escolher onde queremos anunciar apenas era vantajoso para o Google, o advertiser não ganhava nada com isto. A opção da Google foi amplamente criticada e, finalmente, o tão aguardado regresso dos device bid adjustments deu-se este ano. Com este regresso do bidding ao nível do dispositivo, os anunciantes voltam a ter total controlo sobre onde querem exibir os seus anúncios. Obrigado Google, antes tarde que nunca para se corrigir um erro.
2. A queda dos anúncios na coluna da direita
Esta foi a maior mudança de 2016. Maior porque mexe com tudo, desde a experiência do utilizador, aos resultados dos anunciantes. Desde Fevereiro de 2016 que não são mais exibidos anúncios na coluna da direita. Muitos utilizadores podem até não se terem dado conta disto, mas esta imagem não se voltará a repetir:
Esta alteração na SERP (Search Engine Results Page) deu-se sobretudo pela experiência que o utilizador vinha a ter no mobile. Com o mobile em crescendo e ultrapassando o desktop na utilização e como no mobile não existe colunas à direita nem à esquerda, para uniformizar os seus resultados o Google excluiu a coluna da direita. Dizem também que a coluna da direita já se tinha tornado “cega” para o utilizador: a taxa de cliques nos ads à direita era já tão baixa que não “compensava” à Google poluir a sua SERP com anúncios que lhes trazia pouca rentabilidade. Portanto, a solução em desktop passou por deixar cair a coluna da direita e aumentar as top positions de 3 para 4. Se antigamente víamos, no máximo, 3 anúncios no topo da página, hoje em dia temos 4 posições de topo e o resto das posições abaixo dos resultados orgânicos.
Com esta alteração, passei a dar uma importância acrescida ao relatório “top vs other” na interpretação dos resultados. Um dia destes conto-vos porquê…
3. ETA : expanded Text Ads, anúncios de texto extendido
Uma outra grande novidade que veio dar um boost nos CTRs da malta. Os anúncios de texto extendidos! Felizmente ou infelizmente, esta alteração parece ter passado ao lado de muitos anunciantes em Portugal, com contas de AdWords antigas. O que são os anúncios de texto extendidos? Aqui fica um exemplo entre um anúncio no novo formato ETA e um anúncio no formato antigo:
Este é um bom exemplo de anúncios, sem extensões de anúncios, mas um a tirar partido de todo o espaço adicional que os ETA oferecem e um outro anúncio no formato antigo. Com os expanded Text Ads ganhamos quase 50% mais de espaço de texto para o nosso copy.
Porque é que disse “felizmente ou infelizmente” na introdução ao tópico? Felizmente para os bons advertisers, ganham vantagem em relação à concorrência ao fazerem o upgrade para o novo formato de anúncios. Infelizmente pois é pena ver que existem ainda muitas contas de AdWords em Portugal serem geridas de forma amadora.
4. Demographics para pesquisa
Uma bota que se descalça para muitos advertisers que tinham produtos exclusivamente para homens ou mulheres mas não os conseguiam segmentar na pesquisa. Agora sim, agora é possível. Podemos então segmentar por género e idade na rede de pesquisa.
Porreiro, mas… atenção! Fica a minha dica: se o teu produto é para homens, não faças apenas target a homens. Faz sim a exclusão das mulheres. Portanto a segmentação que seja por exclusão e não por inclusão. E isto porquê? É inevitável o Google ainda ter uma grande percentagem de “unknow” na definição do género ou idade. O Google não sabe quem são as pessoas do lado de lá do ecrã numa grande percentagem das vezes. Portanto excluires os unknown vais estar a excluir uma percentagem significativa da tua audiência. Nesses unknown vem também público que não te interessa, é certo, mas com uma boa escolha de palavras-chave negativas poderás minimizar este efeito.
5. Responsive Display Ads
Com a criação de responsive display ads, todos ganham: ganha o Google que aumenta o portfólio de advertisers disponíveis para cada slot de anúncio no display, ganham os publishers com Adsense, com o aumento da concorrência e consequente subida dos cpc’s e ganham os próprios advertisers porque garantem que terão anúncios em todo e qualquer formato. É, de certa forma, uma facada aos webdesigners. Se existiam muitos webdesigners que faziam trabalhos para gestores de PPC, com a criação de anúncios, com as ferramentas da Google e os responsive ads esta necessidade cada vez está mais pequena. Pessoalmente continuo a não dispensar de um trabalho feito por um profissional, mas hoje em dia qualquer advertiser consegue ter anúncios em Display em todos os formatos disponíveis sem recurso a um webdesigner, criando os responsive display ads.
E como se parecem os Responsive Ads? Podes ver o exemplo de um Responsive Ads do AdWords Aqui.
Estas foram, para mim, as grandes novidades de 2016.
Acredito que 2017 será igualmente bom e recheado de novidades, e tanto quanto sabemos pelo menos duas excelentes já se pode adiantar: O Google Shopping chega a Portugal a 1 de Fevereiro de 2017 (finalmente!!), e 2017 ficará marcado também pelo reformular do design da plataforma do AdWord, como podes ver no print abaixo:
E para ti, quais foram as grandes novidades do Google AdWords em 2016? Comenta abaixo.
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