Guia Completo Para Criação de Audiências e Geração de Leads B2B Para Empresas Portuguesas

Como o próprio título diz, neste artigo vou falar sobre a criação de audiências com o objetivo de gerar leads B2B (Business to Business). Por outras palavras, vou ensinar como criar um público altamente segmentado para empresas que querem comunicar com outras empresas, angariar os seus contactos e fazer negócios.

Antes de avançar para o artigo, devo dizer que este artigo é de nível avançado, o conteúdo aqui escrito é do desconhecimento de grande parte dos que trabalham com Marketing Digital. Apesar de não ser de difícil implementação, as estratégias apresentadas requerem bom conhecimento das plataformas de Google AdWords e Facebook Ads. Por isso mesmo, no caso de teres alguma dúvida no artigo e para que não desistas de o ler até ao fim pelas dúvidas que possas acumular, fico disponível para responder a dúvidas por e-mail “info@rc.programadeaceleracaodigital.com“.

Uma outra sugestão minha, o artigo é algo extenso e precisarás de total concentração para assimilares a informação. O tempo estimado de leitura calma são 15 minutos, pelo que se neste momento estás num ambiente de barulho/desconcentração, peço-te que pares aqui e guardes o artigo nos teus marcadores para leres mais tarde com mais calma. Porque sim, se tens um negócio e utilizas o Digital como veículo de Vendas/Leads vais querer ler e entender toda esta informação.

Antes de começar as estratégias, vamos falar um pouco da parte conceptual.
Desde que comecei a trabalhar com Lead Generation (angariação de leads) em 2012, que me foram rotulando de “Media Buyer”/”Media Planner”. Sempre me pareceu um pouco vago este conceito, por numa tradução literal ser um “comprador de tráfego” ou “planeador de meios” como também lhe chamam.  Em pleno 2017, acredito mesmo que o conceito de “Media Buyer” está ultrapassado. As plataformas têm vindo a inovar nas opções de segmentação, os profissionais de marketing são obrigados a inovar nas estratégias de captação e o rotulado “Media Buyer” acaba por ser ultrapassado.

Hoje em dia faz muito mais sentido em falar em “Audience Buyer” do que em “Media Buyer”. Hoje em dia, é muito mais importante apostar na qualidade (da impressão, da exibição do ad) do que na quantidade. E fazendo um paralelo: a qualidade está nas audiências, a quantidade está no tradicional “Media Planner”.
Para explicar melhor um pouco esta minha ideia de Audience Buyer vs Media Buyer, vou dar exemplos do que considero “Audience Buying” e “Media Buying”:

Media BuyingAudience Buying
Campanha em AdWords Display com target em interesse XCampanha em AdWords Display com Remarketing a quem viu o produto X
Campanha de oferta de emprego em enfermagem, com target no Facebook à população ativa (18-65)Campanha de oferta de emprego em enfermagem, com target a uma audiência criada de enfermeiros
Campanha de E-mail Marketing para produtos cosméticos com 150 mil enviosCampanha de E-mail Marketing para produtos cosméticos enviado para 5 mil cabeleireiras de Portugal.

O conceito de Audience Buying que aqui trago é o refinamento das estratégias antigas de Media Buying.

Este refinamento da audiência, faz com que a nossa probabilidade de sucesso seja maior cada vez que um anúncio é exibido.

O Quê-Da-Coisa está então em refinar as audiências. Está em pegar nas audiências brutas e lapidá-las até ficarem num belo diamante (estamos muito líricos).

É no lapidar do diamante (na refinação da audiência), na escolha do melhor target da nossa campanha, que está o sucesso dos anúncios pagos. Quanto mais segmentada for essa audiência, podemos então esperar:

  • Maior ROI (Return on Investment);
  • Maior engagement com o anúncio;
  • Maiores CTR’s;
  • Maiores indices de relevância / qualidade nas plataformas;
  • Menores custos de aquisição;
  • Aumento da qualidade das leads;
  • Maior probabilidade de venda do produto;
  • Redução do desperdício de tempo em leads fracas.
  • Redução do desperdício de dinheiro.

Ter uma campanha com retorno de investimento, que gera contactos de interessados a um custo reduzido e faz mexer com a nossa empresa depende imenso da escolha da nossa audiência.

E com este artigo, trago algumas técnicas para encontrar a sua audiência e de uma vez por todas de parar de queimar dinheiro. Seja o seu negócio de nicho ou não, se você procura empresas a quem vender os seus produtos, estas técnicas vão ajudar!

Algumas destas técnicas também se aplicam claro ao B2C, porém preferi centrar o artigo em ações que realmente criam impacto no B2B.

Antes de avançar para as estratégias, vou apresentar o meu esquema na captação de leads para B2B, e abaixo irei explicar ponto por ponto cada passo deste processo.

Esquema de captações de leads B2B

Bem, antes de mais perdão pela letra, e pelo esquema bastante “rascunhado” aqui no meu caderno de apontamentos.

Deixo a legenda abaixo.

Coluna da esquerda, de cima para baixo: “Visitas ao Site” – “Remarketing” – “Vendas/Leads”.
Coluna da direita, de cima para baixo: “Bases de dados altamente segmentadas” – “Custom Audiences (Facebook + Google)” – “E-mail Marketing / SMS Marketing” – “Lookalike Audiences”.

Agora explicando a base do esquema, porque as estratégias vem no fim.

Em qualquer negócio online, onde o nosso objetivo é a venda de produtos ou captação de leads através do nosso site, há uma coisa que é imprescindível no processo: TRÁFEGO (identificado como “visitas ao site” no esquema). Sem tráfego, não há vendas, não há leads, não há receita.

Este tráfego pode ser angariado por diversos canais, como todos nós que trabalhamos com Marketing Digital sabemos: orgânico, direto, social, e-mail, referências de outros sites, tráfego pago, etc. Há vários caminhos. E sabemos também que cada canal tem um potencial de conversão diferente. Normalmente tráfego proveniente da pesquisa do Google (seja pago ou orgânico) é muito melhor e mais qualificado que tráfego oriundo de posts que fazemos no Facebook. Se a pessoa veio do Google, ela demonstrou uma pro-atividade de pesquisa e está ativamente à procura do produto, enquanto que vindo de referências de Facebook será muito mais ligado ao tráfego “outbound”. Todos sabemos que cada canal tem a sua qualidade de tráfego, uns mais qualificados e outros menos.

Até aqui todos de acordo, tráfego é importante. E se for de qualidade, mais importante ainda. No esquema apresentado, o objetivo das estratégias é atrair tráfego extremamente qualificado, proveniente de audiências refinadas por nós, que nos permita chegar ao último ponto, o de “Vendas/Leads” e gerar negócio!

Audiências

Um último conceito antes das estratégias, para que estejamos todos a falar a mesma língua. Por AUDIÊNCIAS entendo público ao qual o meu anúncio vai chegar. Podemos também lhe chamar de segmentação ou target. Estas audiências podem ser concebidas de duas formas:

  • Audiências anónimas:
    Através de cookies nos nossos sites. Nestas audiências, não sabemos quem é quem. Por exemplo, se alguém entra no nosso site, vê um produto e entra numa audiência de remarketing nossa (vou explicar abaixo detalhadamente nas estratégias), nós não sabemos que era o Zé de Paços de Ferreira ou a Maria de Olhão. Sabemos que há um utilizador que ficou com determinado cookie alojado no seu dispositivo porque viu determinada página no nosso site e isso nos permitirá lhe fazer target nos anúncios.
  • Audiências conhecidas, listas de contactos específicos:
    Através de inputs dados por nós às plataformas (e-mail, número de telefone…). Quando nós temos uma base de dados segmentada, podemos fazer upload de e-mails e/ou números de telefones dessas bases de dados e segmentar esses utilizadores específicos com os nossos anúncios. À partida, serão bases de dados muito mais específicas e com uma tremenda qualidade.

Entendida esta parte das audiências, vamos então ver estratégias para cada uma delas!

P.S- Estes conceitos não existem, pelo menos que eu os conheça ou tenha lido sobre. “Baptizei” assim estes dois tipos de audiências para que possamos saber do que estamos a falar e separar os dois tipos de audiências, que têm particularidades muito próprias.


Estratégias de Campanhas para Audiências Anónimas

Para estas audiências que lhe chamo de “anónimas”, temos várias estratégias que vou explicar uma a uma: Remarketing, Lookalike Audiences, Campanhas de Search no Google AdWords, Campanhas de Display no Google AdWords (não vou levantar o véu aqui, deixo as estratégias “killer” para quem tem formações comigo).

Campanhas de Remarketing

Para introduzir o tema do Remarketing, deixo um slide de uma apresentação que utilizo em formações:

O Remarketing é uma estratégia de publicidade online, que nos permite comunicar uma segunda e terceira vez com um utilizador que abandonou o nosso site. Se nós fizermos uma boa captação de tráfego para o nosso site, com base em todas as estratégias que aqui falarei, o remarketing é fundamental para aumentarmos o nosso volume de leads/vendas.

Tanto o Google AdWords como o Facebook Ads, nos permitem criar listas de Remarketing nas suas plataformas.

No caso do Google AdWords podem criar essas listas diretamente na plataforma, na “Shared Library”, colocar a tag de remarketing em todas as páginas do vosso site e definir as condições para a criação dessa lista de remarketing (podem, por exemplo, fazer remarketing a todos os visitantes do vosso site ou só a quem visitou páginas específicas). Ainda que possam criar estas listas no AdWords, é altamente recomendado que criem as listas de Remarketing diretamente no Google Analytics e depois importem essas listas para o Google AdWords. Atenção: precisam de ter as contas de Analytics e AdWords linkadas. Criando as listas no Google Analytics, entre outras coisas tirarão vantagem do seguinte: a tag do analytics à partida já estará no vosso site, não precisarão colocar a do AdWords; terão mais possibilidade de refinamento da audiência no Analytics do que na plataforma de AdWords.

O AdWords permite também o Remarketing Dinâmico, que gera resultados absurdamente superiores pelo refinamento do anúncio. O melhor exemplo do Remarketing Dinâmico é o Booking: lembram-se quando viram aquele quarto em Madrid e nos dias seguintes vocês viam esse mesmo quarto por toda a web em anúncios? Não, o Booking não tem uma campanha de Remarketing com anúncios para cada quarto, o Booking tem sim o Remarketing Dinâmico a correr. Se vos interessar saber mais sobre o tema, vejam esta página: https://support.google.com/adwords/answer/3124536?hl=en . A própria Google tem uma equipa especializada para nos ajudar a implementar este Remarketing (é algo bastante complexo ao nível da implementação), mas para isso precisarão de ter um adspent de qualquer coisa como 5000 eur trimestrais (ou algo muito próximo disto).

E ainda no AdWords, existe um tipo de campanha com poucos anos, que são as RLSA (Remarketing Lists for Search Ads), que nos permite exibir anúncios na pesquisa do Google apenas a pessoas que já visitaram o nosso site. Uma estratégia muito boa que aqui vos aconselho é que poderão comprar muitas palavras-chave que se não fosse em RLSA não poderiam. Vou dar um exemplo: nas campanhas de AdWords de um amigo que vende casotas em madeira para cães, nas campanhas de RLSA eu tinha palavras-chave altamente genéricas como “cão” e que geravam resultado. Isto porquê? Se não fosse em RLSA eu não poderia comprar a palavra “cão” por ser altamente genérica – estaria a exibir anúncios relacionados com casotas a quem procurou cão, iria queimar dinheiro seguramente. Mas se alguém já esteve no site anteriormente, e naquele momento está a fazer pesquisas para o seu cão, é muito pertinente eu voltar a lembrar que o meu produto existe. O anúncio é remarketing em pesquisa e impacta o utilizador no momento chave de procura. Os resultados desta campanha eram excelentes!

No Facebook Ads, precisarão de ter o píxel instalado no vosso site, a despoletar o “Page View” em todas as páginas e criar a audiência no vosso Ads Manager:

Há também a possibilidade de fazer “Remarketing Negativo”, isto é, utilizar uma lista de Remarketing como segmentação negativa em outras campanhas. Muito útil termos uma lista de remarketing de quem já comprou/já virou lead. Não queremos estar a exibir os nossos anúncios outra vez a quem já cumpriu com o objetivo da campanha. Como diz o meu amigo Nuno Lopes, “não gosto de cromos repetidos”. É algo que utilizo muito em campanhas de leadgen.
O Remarketing digamos que não é nada out of the box , é do conhecimento da larga maioria e tida como uma estratégia sempre fundamental na complementaridade do resultado, daí que não podia deixar de falar nela. Lembrem-se é que quanto mais refinado for este Remarketing, maior probabilidade de sucesso terão. E por refinado não tem necessariamente que ser o Remarketing Dinâmico, se não tiverem recurso para isso. Se vendem roupa online, podem mostrar os anúncios das calças a quem esteve na vossa página site.com/calcas e camisas a quem esteve em /camisas. Sempre é um refinamento melhor do que simplesmente mostrarem produtos aleatórios ou a vossa marca a quem teve em qualquer página do site.

Recomendo a leitura deste meu artigo onde explico o passo a passo de alguns dos setup’s aqui falados: http://rc.programadeaceleracaodigital.com/como-sacar-emails-contactos-linkedin-e-que-fazer-com-eles

Campanhas no Google Search

Não vou explorar muito esta estratégia porque, tal como o remarketing, é muito do conhecimento geral. Mas neste artigo de aquisição de tráfego altamente qualificado, não poderia deixar o Google Search sem uma menção. Estratégias próprias do Search, ficam para outros artigos ou para as minhas formações. Deixo só aqui duas notas rápidas: se o objetivo é ter tráfego qualificado, muita atenção à correspondência das palavras-chave (fujam do broad, do amplo) e também façam uma boa lista de palavras-chave negativas.


Estratégias de Campanhas para Audiências Conhecidas

Audiências conhecidas, próprias, específicas, acho que lhe podia chamar de várias formas. O que são elas? São as tais audiências criadas por nós com recurso a e-mails essencialmente. O que muita gente não sabe é que uma base de e-mails dá para fazer muito mais que simplesmente e-mail marketing. Vai muito além disso e com resultados que nem o e-mail marketing consegue atingir. O que é do desconhecimento, é que tanto Google como Facebook aceitam bases de e-mails para criação de audiências altamente segmentadas.

Já imaginou se tivesse um produto para agências de viagem, tivesse os e-mails de todas as agências de viagem de Portugal e criasse anúncios no Google e no Facebook só para eles? Pois é, é verdade e é possível. A um custo muito baixo, vai impactar o seu público alvo com os seus anúncios e ter resultados incríveis na geração de leads e de vendas B2B.

Mas aí surge a dúvida: Ah mas então isto é só para quem já tem bases de dados próprias? E eu que não tenho, ou tenho uma ainda pequena?

Calma, é para todos. Quem não tem, vai passar a ter e vou explicar como as ter antes de avançar para as estratégias de campanhas de publicidade para estas bases de dados altamente segmentadas.



Como ter bases de dados altamente segmentadas?

Tenho duas dicas que são simplesmente matadoras e com resultados comprovados por mim. Uma delas é através do LinkedIn, a outra é através da compra de bases de dados altamente segmentadas e sempre atualizadas da Gescontact (para empresas Portuguesas, daí o título do artigo se focar em empresas Portuguesas, porque aqui o Gescontact terá uma influência muito grande na estratégia). Vamos por partes.

Extração de Emails do LinkedIn para criação de bases de dados

Num artigo anterior, já tinha falado sobre este assunto e por isso não é preciso me voltar a alongar aqui. O LinkedIn permite-nos fazer download dos nossos contactos todos. Fazendo download destes contactos, podes depois submeter para as plataformas de compra de tráfego e criar estratégias muito próprias com essa audiência. É a vossa audiência, os vossos contactos, alguém melhor a quem vender do que aqueles que já conhecem os vossos produtos?

Uma dica importante aqui é que façam um bom trabalho de networking. Isto é, e continuando no exemplo anterior, se vocês querem vender o vosso produto às agências de viagens portuguesas, vão adicionando no LinkedIn contactos de operadores de viagens, operadores de turismo, gerentes de lojas relacionadas com turismo, etc. A partir do momento que um destes contactos vos aceita, vocês terão acesso ao seu e-mail e número de telefone, que poderá ser utilizado então nestas audiências altamente segmentadas. O artigo que já tinha escrito está realmente bastante completo, um passo-a-passo, leiam depois como fazer.

Compra de base de dados altamente segmentadas GESCONTACT

O que é isto do Gescontact? O Gescontact é a mais atualizada base de dados de empresas portuguesas (quando digo mais atualizada é mesmo ao dia, se uma empresa for aberta hoje, amanhã está no software). O Gescontact permite-nos filtrar empresas por CAE (Código das Actividades Económicas), fazer download desses contactos para um excel e utilizar da mesma maneira que o LinkedIn em estratégias de PPC (que também irei falar mais abaixo do que fazer com estas bases de dados).

Portanto, para quem não tem bases de dados, tem aqui uma solução super atualizada e muito eficaz para utilizar em todas as estratégias que falo a seguir.

O Gescontact é a única base de dados de Portugal que recomendo, por ter atualizações diárias e por me ter gerado excelentes retornos em campanhas. Tornei-me até um parceiro deles, pela importância que têm no meu trabalho com empresas de Portugal e com isso consigo um desconto de 10% para a minha rede de contactos (no final do artigo, tens uma outra oferta minha).

Agora que estamos munidos com bases de dados altamente segmentadas, o que podemos fazer com elas? Vamos às estratégias.


Criação de Custom Audiences no Facebook

Como já tinha escrito sobre isto, vou fazer um copy-paste dessa parte desse meu artigo aqui.

Entrando no teu Business Manager do Facebook, na tua conta de Anúncios, encontrarás no canto superior esquerdo um separador com uma tab que se chama “Audiences”. É lá que vamos trabalhar.

Próximo passo é criar uma “Custom Audience”:

E logo de seguida:

No passo seguinte, vai aparecer um painel a perguntar se queres fazer upload de um ficheiro teu ou se queres importar contactos do MailChimp. Como já temos a nossa base de e-mails extraida do Gescontact ou do LinkedIn, vamos seguir então com a primeira opção, importar os nossos contactos.

No próximo passo vamos então fazer download do nosso ficheiro com os e-mails para o Facebook. Atenção: tens que fazer upload dos e-mails num ficheiro que pode ser no formato .txt, onde só contenha os e-mails e/ou os números de telefones.

Feito o upload dos dados, agora tens que esperar cerca de 1 hora (varia muito consoante o tamanho da lista) até que essa lista esteja pronta a utilizar. Quando fores em “Audiences” e vires a lista a verde, está pronta a utilizar nas segmentações de anúncios.

Nas segmentações das tuas campanhas, escolhe a  – ou as –  listas que quiseres. E tens o teu público altamente segmentado 😉

Lembram-se dos exemplos que dei das agências de viagem? E estão a ver aí num dos prints uma audiência com 200 contactos de agências de viagens? Pois é, com recurso a bases de dados próprias como o Gescontact, criei um anúncio para testar a eficácia destas listas altamente segmentadas. Extrai os e-mails de todas as agências de viagens e operadores de turismo em Portugal, e o Facebook dessas 5 centenas conseguiu fazer correspondência com 200 utilizadores do Facebook.

E aqui fica o anúncio que criei:

Criei um anúncio com um copy e imagem totalmente ajustado ao público alvo e a apelar à urgência por um contacto. Na verdade, eu não procurava nenhum cliente, o objetivo era mesmo testar a efetividade das listas e ter aqui um exemplo que pudesse partilhar convosco. Resultados do anúncio?
Correu durante 3 dias, atingiu 101 pessoas únicas (not bad para uma audiência de 200 pessoas), gastei 2.53 EUR e agora a melhor parte… Recebi 5 contactos de interessados em fazer negócio!! 5 potenciais clientes por 2.53 EUR? Foi de graça… Abro aqui um parênteses, colegas de Marketing Digital, se quiserem os contactos destas 5 agências que procuram por serviços de Marketing Digital, é só falar eheh. Há por aí muita necessidade, é preciso saber chegar a eles.

Mas espera lá Roberto, fazer uma campanha só para 200 pessoas? Não é muito pouco? Vamos partir esta dúvida em algumas partes.

  • O teu produto B2B tem realmente milhares de potenciais clientes? Se tivesses 200 clientes novos a um baixo custo, isso seria bom?
  • Não é um número baixo se eles forem realmente o teu público alvo, a nata do teu público.
  • Normalmente o que tu tens que fazer é exibir o teu anúncio a 50 mil pessoas para teres a certeza que chegou aos teus 200 de target. Sabes o que significa os outros 49800? Dinheiro queimado, utilizadores frustados por verem um anúncio que não lhes diz nada.


Customer Email Match no AdWords

Como já tinha escrito sobre isto, vou fazer um copy-paste dessa parte desse meu artigo aqui.

Se ficou claro para ti a lógica de todo o processo no Facebook Ads, no AdWords o processo de submissão de lista é muito idêntico. Já na exibição de anúncios é muito mais restrito. Vamos lá fazer o flow:

Acede à tua conta de AdWords e vai à “Shared Library” no canto inferior esquerdo.

Próximo passo é entrar nas Audiences, para criarmos a nossa:

Atenção, primeira vez que aqui entrares vai-te ser criada uma audiência de “all website visitors” e pedido que instales a tag de remarketing no teu site. Para todos os efeitos, faz isso pois pode-te ser muito útil de futuro. Para este tipo de campanhas que vou mostrar não é obrigatório por isso não vou aprofundar.

Clica em +remarketing e de seguinda em Customer Emails:

Podes agora fazer upload do teu CSV para o AdWords com a coluna de e-mail. No print abaixo, tens algumas indicações importantes que deves ler, o sistema do AdWords não lê os erros no documento, portanto segue as instruções que te são dadas.

Consulta também este documento de ajuda que te pode ser valioso.

Voilá.. tens a tua lista criada. Podes utilizá-la agora como segmentação nas tuas campanhas de AdWords.

Como o Google faz o match com os utilizadores na rede? Fica aqui um excerto deles:

“Para a correspondência baseada nos endereços de email dos seus clientes, a Google mantém os endereços de email de Contas Google e as strings com hash correspondentes a esses endereços de email. Depois de carregar a lista de endereços de email, comparamos cada string com hash da lista com a string com hash ou o endereço de email de Contas Google. Se houver uma correspondência, adicionamos a Conta Google correspondente ao seu público-alvo da Segmentação por lista de clientes. Se um endereço de email não tiver correspondência, ainda podemos utilizá-lo no âmbito das verificações da conformidade com a política, mas não será utilizado para a Segmentação por lista de clientes nem para outro produto da Google. O processo de correspondência pode demorar até 24 horas.”

Podes ler o documento com toda a informação aqui: https://support.google.com/adwords/answer/6334160?authuser=0&hl=pt e os requisitos para conseguir ter as listas aprovadas aqui: https://support.google.com/adwordspolicy/answer/6299717?authuser=0 . Ao contrário do Facebook Ads, onde “passa tudo”, no AdWords já não é bem assim e são muito mais criteriosos nas listas que são aprovadas. Não te espantes se tiver listas reprovadas, caso promovas produtos cotados como “sensíveis”.

Ainda na onda desta dificuldade, não podes anunciar em toda a rede Google para esta audiência! Podes apenas anunciar para o Gmail (muito bom!!), no Youtube e no Search do AdWords. Display  Network fica fora das opções. Vê toda a informação aqui: https://support.google.com/adwords/answer/6379332?hl=en-GB&ref_topic=6296507&authuser=0

Da minha experiência: esta estratégia em Google dá mais trabalho que resultado, se tiveres uma lista de menos de 1000 pessoas não te dês, de todo, ao trabalho. É super interessante aqui em Google na opção de Gmail Ads e, ao contrário de algumas estratégias agressivas de E-Mail Marketing  não pode ser considerado SPAM em nenhum momento, são anúncios!


Audiências Lookalikes ou Similar Audiences

Tanto Facebook como Google permitem criar audiências lookalike ou similares, com base nos e-mails que lhes fornecemos. Especialmente útil para estes casos como no exemplo das agências de viagem, onde temos uma base pequena.

Ao criarmos uma Lookalike Audience ou uma Similar Audience, o que as plataformas vão fazer é encontrar as pessoas na rede mais parecidas aquelas da base que lhes estamos a submeter.

Deixo aqui o slide que costumo utilizar nas formações de AdWords:

Aqui o target não é tão refinado, mas ainda assim é interessante para aumentarmos o volume da audiência.

E-Mail Marketing e SMS Marketing

Para terminar, tendo uma lista de e-mails e números de telefone tão segmentada, podemos também utilizar os tradicionais meios de e-mail marketing e SMS marketing.

Cuidado ao utilizar esta opção, as pessoas/empresas podem não estar receptivas a “contactos a frio” e pode até ser considerado SPAM, pois estás a enviar mensagens comerciais para alguém que não aceitou receber essas mensagens. Muita atenção com isto. Uma boa dica é colocar um disclaimer bem visível no e-mail a informar do porquê da pessoa estar a receber aquele e-mail e dar um fácil acesso de “unsubscribe” ao utilizador.

Para o B2B em negócios dependentes de poucas leads para geração de altos volumes de negócio, aconselho a juntarem a estas duas estratégias uma estratégia de “Call Center personalizado”, isto é, ligarem diretamente com estes potenciais compradores do vosso serviço e qualificarem a lead.


Notas finais

Agora que chegaste até aqui, talvez aquele meu esquema (o tal da letra feia) te faça mais sentido. Existem realmente muitas boas estratégias para atrair tráfego altamente qualificado para o teu site e converter esse tráfego em negócio, sejam leads ou seja em vendas.

A audiência é o mais importante para tal, e neste artigo percebe-se o poder que pode ter uma boa base de dados. O recurso a um software como o Gescontact, que é de baixo valor para o grande benefício duradouro que pode proporcional, torna-se vital. Como falei anteriormente, tornei-me parceiro do Gescontact (e sim, ganho uma comissão nas vendas provenientes do meu link, e a todos os meus clientes B2B recomendo a aquisição pelo valor da ferramenta, não apenas porque tenho um benefício direto com isso) e com isso também consigo oferecer um desconto de subscrição de 10%.

A quem comprar a versão PRO ou PREMIUM do Gescontact através do meu link (recebo um alerta), além dos 10% de desconto exclusivo, também ganha uma hora de consultadoria online gratuita para implementação destas e outras estratégias de Marketing Digital.

Estou seguro que deste artigo vais retirar muito know how e fico ansioso pelos comentários e pelos vossos testes com estas dicas de campanhas. Alguma dúvida, estou deste lado para ajudar.

Espero de alguma forma ter ajudado, e bons negócios B2B a todos! Que estas dicas vos ajudem a espalhar o charme das empresas portuguesas pela web mundial! 🙂